domingo, 10 de dezembro de 2017

A saga da tomada

Em agosto desse ano, eu fiz uma viagem para o Reino Unido. Como já falei em outros posts, eu fui em um congresso, mas também aproveitei para fazer alguns passeios. Essa história começa no terminal rodoviário de Londres.

                Chegando no aeroporto, eu logo me dirigi para a cabine da “National Express” para comprar uma passagem de Londres até Bath. Assim que comprei a passagem, peguei um ônibus do aeroporto até o terminal rodoviário (por volta de uns 20 min se não me engano). Chegando na rodoviária, eu comprei um café no “Coffee Nero” e aproveitei para ficar sentada dando uma viajada (como sempre rs). Então fiquei reparando nos itens que uma mercearia em frente ao café estava vendendo, foi lá que eu vi um adaptador universal. Na mesma hora eu pensei: “Esqueci meu adaptador! Vou comprar o universal!”. Mas, veio a voz da sanidade e me disse: “Não compre, as coisas no aeroporto são muito caras”, e eu decidi não comprar.
                Quando cheguei em Bath, tomei um banho, e dormi por um bom tempo. Quando acordei, eu pensei: “Vou estudar um pouco a minha apresentação do congresso”, foi quando eu lembrei que a tomada do meu notebook era da versão canadense, e não encaixava na tomada britânica. Eis que veio o arrependimento: “Devia ter comprado o adaptador universal!”. Nesse momento, eu desci as escadas do hotel, e fui conversar com a recepcionista. Pedi educadamente por um adaptador, mas ela me disse que só tinha carregador para celular, e os outros adaptadores já estavam todos emprestados.
                Nesse momento, eu baixei o power point no meu celular, e comecei a estudar meus slides pelo celular mesmo. Então veio a hora crítica: eu encontrei um erro de spelling na apresentação e eu simplesmente não conseguiria arrumar o slide. Já fiquei mais tensa do que estava.
                No dia seguinte no café da manhã, o recepcionista me indicou a loja para onde comprar o adaptador, porém eu consegui mandar uma mensagem pro meu orientador, e ele me emprestou um adaptador universal.
Resultado de imagem para adaptador de tomada universal                No final das contas, eu consegui atualizar meus slides. Porém, um outro dia estava eu andando pelas ruas de Bath até que eu encontrei um mercadão. Já era o meu último dia na cidade, mas eu encontrei uma lojinha do mercadão que vendia vários artigos eletrônicos e dentre eles um adaptador de tomadas por 3 libras (bem melhor que as 20 libras do aeroporto!).
                Portanto, fica a dica... Para não passar sufoco como eu, se você não tiver um adaptador universal e se for fazer uma apresentação na segunda-feira, compre o adaptador no aeroporto. Ou então, se for outro dia da semana, compre um adaptador no mercadão ao lado da Victoria Arts Gallery, perto da Pulteney Bridge.


Au revoir,
Lu.

A história do biscoito e da bolacha


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Durante um congresso em Bath (UK), conheci uma portuguesa chamada Monica. Conversando com ela, contei sobre a rivalidade entre cariocas e paulistas. Para os cariocas, o biscoito é “biscoito”, já para os paulistas é “bolacha”.

Então, para solucionar o problema, eu pensei: nada mais justo do que perguntar para ela como eles chamam em Portugal, afinal, o português do Brasil vem de Portugal. E para a minha decepção, ela me contou que lá também é “Bolacha”!!!

Após essa confissão, eu quase caí para trás. Ela me contou que bolacha são todos os biscoitos com exceção daqueles que tem formato de biscoito de maizena. Acredita?


1x0 São Paulo

segunda-feira, 28 de abril de 2014

WELCOME TO THE NEW AGE: Desafio dos 52 dias

Venho hoje contar sobre o meu desafio de 52 dias. Há algum tempo vinha me sentindo um pouco mal em relação a minha saúde. Primeiro porque não consegui me adaptar a comida da residência aqui no Canadá. Segundo porque na res eu morava no sétimo andar, então sempre usava as escadas como cardio. Mas, as férias chegaram e tive que me mudar. E acabei ficando preocupada com o que faria de cardio. Após indas e vindas com a corrida, resolvi criar um desafio. Assim, eu consigo ficar motivada para fazer atividade física sempre.
São 13 semanas, e resolvi que iria correr 4 dias por semana. O planejamento é o seguinte:

1ª semana: caminhe 4 minutos e corra 1 minuto alternadamente até completar 30 minutos.

2ª semana: caminhe 4 minutos e corra 2 minutos alternadamente completando 30 minutos.

3ª semana: caminhe 3 minutos e corra 2 minutos alternadamente até completar 30 minutos.

4ª semana: caminhe 3 minutos e corra 3 minutos alternadamente até completar 30 minutos.

5ª semana: caminhe 2 minutos e corra 3 minutos alternadamente até completar 30 minutos.

6ª semana: caminhe 1 minuto e corra 4 minutos alternadamente até completar 30 minutos.

7ª semana: caminhe 1 minuto e corra 5 minutos, alternadamente até completar 30 minutos.

8ª semana: caminhe 3 minutos e corra 7 minutos, alternadamente até completar 30 minutos.

9ª semana: caminhe 5 minutos corra 10 minutos e caminhe 5 minutos.

10ª semana: caminhe 5 minutos, corra 15 minutos e caminhe 5 minutos.

11ª semana: caminhe 5 minutos, corra 20 minutos e caminhe 5 minutos.

12ª semana: caminhe 5 minutos, corra 25 minutos e caminhe 5 minutos.

13ª semana: caminhe 5 minutos, corra 30 minutos e caminhe 5 minutos.

Esse cronograma foi obtido nesse site aqui que é super bacana, e tem altas dicas para quem quer começar a correr.
A partir disso, venho contar uma história que me motivou muito. Já ouviram falar no filme "Chasing Mavericks"? Se não, aproveitem para assistir, vale a pena. Acabei assistindo ele com a minha roomate no último dia morando na res, e acabei ficando muito inspirada. Resolvi que iria escrever a minha experiência nesse blog. Assim, poderia motivar outros e também a mim mesma. E para começar, acabei fazendo um banner para colar no meu quarto, com o objetivo da semana. Assim como Jay tinha da distância que ele deveria percorrer. Estou empolgada com essa segunda chance.
Hoje eu acordei querendo ir caminhar, mas o tempo aqui em Halifax como sempre não colaborou com meus planos. Estava chovendo demais. Fiquei apreensiva e enrolei o dia todo. Até que deu 18 horas, e decidi que o primeiro passo é sempre o mais difícil. Coloquei minha roupa de correr, um casaco impermeável e fui na cara e na coragem.
Correr o primeiro minuto foi muito de boa. Eu me senti feliz por não ter ficado cansada. O problema é que 4 minutos depois eu comecei a ficar cansada, e ter que correr 1 minuto naquela hora, pra uma enferrujada em corrida como eu, foi difícil. Toda hora eu pensava em parar por ali que já estava bom. O primeiro passo já havia sido dado. No entanto, me lembrava do que li em um outro blog: "Devagar e sempre". Foi a primeira vez que consegui trotar.
Quando comecei a correr, segui o caminho que o destino me levou. Acabei conhecendo uma avenida super bonita aqui em Halifax. E também acabei vendo uma linha do trem maravilhosa. Senti-me em um filme de faroeste. A verdade é que não ter desistido acabou mexendo com meus sentimentos. Eu não sabia se me empolgava mais com o caminho ou com o fato de estar conseguindo trotar. Acabei encontrando 3 pessoas correndo no meio do caminho, e fiquei querendo ter o folego necessário para fazer o mesmo. Fiquei pensando: ME AGUARDE HALIFAX!. Após 17 minutos, resolvi voltar para o hotel. Foi muito bacana a volta, apesar de estar sentindo um pouco de dor, eu resolvi ousar um pouco, e tentei correr 1 minuto e 10. Após conseguir o resultado, eu fiquei animada.
A volta foi um pouco mais tranquila pois era descida. Resolvi tentar correr até me cansar, independente do cronometro. E eis que no final do percurso, já cansada, consegui correr 3 minutos contínuos. E o melhor, estava tocando uma música que me anima muito (Save Tonight - Eagle Eye Cherry) e só parei nos 3 minutos para atravessar a rua.
Ao chegar no hotel, eu me olhei no espelho. Eu vi uma Lu totalmente diferente da que saiu de casa 34 minutos antes. Foi só o primeiro passo, mas foi um passo importante.


"Seja mais forte do que sua melhor desculpa."

DIA 1: OK
RESTAM 51

Beijos,
Lu


domingo, 9 de dezembro de 2012

Minhas passagens preferidas de "Fernão Capelo Gaivota"

Fernão Capelo Gaivota é um livro maravilhoso, com muitas mensagens... E por isto, resolvi colocar aqui meus fragmentos favoritos.


"Há tanta coisa para aprender"


"Apertou novamente os olhos em frestas para proteger-se do vento e sentiu um grande júbilo."

"Promessas desse tipo só valem para gaivotas que aceitam o comum."

"Seu pensamento foi de triunfo."

"PODEMOS NOS ERGUER DE NOSSA IGNORÂNCIA, PODEMOS NOS CONSIDERAR CRIATURAS EXÍMIAS, INTELIGENTES, HÁBEIS. PODEMOS SER LIVRES! PODEMOS APRENDER A VOAR!"

"Eles não conseguem compreender! Ele estão enganados, estão enganados!"

"Aprendeu a voar e não se arrependeu pelo preço pago. Fernão Gaivota descobriu que o tédio, o medo e a raiva são as razões pelas quais é tão curta a vida das gaivotas, e, com essas limitações longe de seus pensamentos, viveu, na verdade, uma longa vida."

"Ele PODIA voar mais alto e era tempo de voltar para casa."

"Nada aprenda e o próximo mundo será o mesmo que este, com todas as mesmas limitações e pesos de chumbo para superar."

"Em vez de envelhecido pela idade, o Ancião fora rejuvenescido pelo tempo."

"Você começará a tocar o céu, Fernão, no momento em que tocar a velocidade perfeita [...] A velocidade perfeita, meu filho, é estar lá."

"Para voar tão rápido como o pensamento, para ir a todos os lugares que existem - respondeu - você tem que começar sabendo que já chegou lá..."

"Nessa ocasião, você estará pronto para iniciar o voo mais difícil, mais poderoso, mais divertido de todos. Estará pronto para começar a voar para o alto e aprender o significado da bondade e do amor"

"VÊ MAIS LONGE A GAIVOTA QUE VOA MAIS ALTO."

"Se nossa amizade depender de coisas como espaço e tempo, então, quando finalmente dominarmos os dois, teremos destruído nossa fraternidade! Mas, supere o espaço e tudo o que nos sobra é o Aqui. Supere o tempo, e tudo que nos resta á o Agora. E entre o Aqui e o Agora, você não acha que a gente pode se ver de vez em quando?"

"-Temos liberdade pra ir onde quisermos e ser o que somos - respondeu Fernão.

" - Você está dizendo que eu posso voar?
 - Eu digo que você é livre."

"Nenhum limite Fernão?, pensou, e sorriu. Sua corrida para aprender havia começado."

sábado, 13 de outubro de 2012

Cadê meu tênis?



                Em 2005, eu e minha irmã íamos e voltávamos do colégio com uma senhora chamada Vitória. Era assim 6:45 ela passava em nossa casa e nos pegava, e depois passava em várias outras casas até completar o carro. Assim, 6:55 costumava passar na casa de uma garota chamada Alice. Mas era incrível como a garota nunca estava pronta. Todo mundo no carro ficava esperando.
                Dona Vitória nunca foi muito paciente, na esquina da rua de Alice já começava a buzinar. Era sempre a mesma história, buzina daqui, buzina de lá e ela nunca aparecia. Após alguns minutos ouvíamos a garota gritando dentro de casa: "CADÊ MEU TÊNIS?" e a mãe respondia "NÃO SEI, VOCÊ QUEM GUARDOU ELE ONTEM!", e a menina retrucava: "CADE MEU TÊÊÊNIIIIIIIS?". Após alguns berros, algumas buzinas, dona Vitória finalmente resolvia desligar o carro. E aí vinham outros berros: "ALICEEE JÁ TOMOU CAFÉ DA MANHÃÃ??" "NÃÃÃÃÃO!" "ASSIM VOCÊ NAO PODE IR NA ESCOLA MINHA FILHA!". E aparecia ela no portão, com um pé com tênis e o outro de meia branca dando pulinhos e tentando calçar o outro pé. A mochila ia pulando nas costas e dando alguns solavancos. A velha ficava falando que não ia mais buscá-la, pois já estávamos atrasados. Ela nem ligava, continuava pulando e calçando o par de sapatos.
                Todos no carro ficavam mega irritados. Ela se jogava no banco de trás e o carro saia ate cantando pneu. Era uma corrida contra o tempo pra chegar no colégio às 7:10, tempo limite pra conseguir assistir a próxima aula. Foi assim, entre caçadas de tênis, falta de café da manhã, gritos e buzinas, carros arrancando e cantando pneu que durante alguns anos fui para o colégio. Pra falar verdade, renderam-me boas histórias.

domingo, 16 de setembro de 2012

Os hermanos e os chilenos, uma história de amor?




Pra quem acredita que os “hermanos” são odiados somente por nós, brasileiros, eu digo: vocês estão muito enganados. Em mais uma experiência, pude constatar que argentinos realmente são indesejáveis.

Depois de conversar com um taxista e ver que a conversa sobre hermanos funcionava, meu pai passou a aplicar a tática com todos. O primeiro motorista falou “Foram encontrar com os hermanos, é?” e nós respondemos “Nossos nada, seus!”, ele negou até a morte, parecia até Pedro com Jesus.

Em outra ocasião, um chileno começou a contar piada de argentino, do tipo: “Sabe a diferença entre a pilha e um portenho? Não? A pilha tem um lado positivo.” É claro que todos nós rimos horrores.

Também teve um guia turístico que ficou falando que Deus era chileno e não brasileiro. Não entendemos muito até ele explicar: “Ele é tão chileno que colocou uma cordilheira bem alta pra nos separar deles”. Particularmente achei uma maldade, mas mesmo assim não posso dizer que recusaria uma cordilheira aqui no Brasil.

A pior vivência dessa rivalidade foi em um avião. Nos aeroportos da América Latina existe uma grande preocupação com pragas. Por este motivo, se você estiver com frutas, madeira ou qualquer coisa de origem vegetal eles te encaminham pra um lugar e fazem uma espécie de “vistoria”. Pelo menos isso é muito forte no Chile. Acontece que um dos vôos de volta para o Brasil, era de Santiago até Córdoba. Depois que o avião pousou, antes dos passageiros levantarem, as aeromoças ficaram espirrando um spray nos corredores com o seguinte argumento: as normas de vigilância sanitária da Argentina são muito rígidas (o que não acredito ser verdade, já que não fizeram no vôo do Brasil pra lá). É óbvio que todos do avião se sentiram como vetores de doenças contagiosas. Senti-me como portadora de alguma coisa que iria causar uma pandemia.

Então sim, eles não se gostam nem um pouco. E essa rivalidade é uma ótima saída pra quebrar o gelo em táxis chilenos. Melhor até mesmo que assuntos como a previsão do tempo, ou placar de algum jogo de futebol. E se você estiver indo para o Chile, então diga que uma “hermana” mandou um abraço!


Bjbj

Luh Almeida

domingo, 20 de maio de 2012

Little Broken Hearts



Então... Depois de anos sem um CD novo, Norah Jones lançou o Little Broken Hearts. E é claro que assim que saiu na internet, baixei! Já é um dos meus favoritos.
Imagine um dia intenso de trabalho em que você chega em casa esgotoda, e toma aquele banho quente (com esse tempinho frio não tem coisa melhor), e daí resolve ir para sala sentar naquela poltrona mega confortável, com um cobertor, um copo de chocolate quente, uma revista na mão e aquela música deliciosa de fundo? Então, esse CD tem a trilha perfeita pra isso.
Já vou avisando que tem algumas músicas viciantes, tipo Happy Pills (cujo clipe é beeem divertido). Dica: Quanto estiver entediada pela internet, assista no youtube.
Sempre falo as coisas que imagino ao ouvir as canções. Então vamos lá...
"Out on the road" - Acho essa música genial, por que da primeira vez que a ouvi, imaginei uma mulher com aqueles lencinhos vermelhos no pescoço e óculos tipo gatinho dirigindo um Karmann Ghia em uma estrada em um ambiente meio rural. E quando fui ver o nome e prestar atenção na letra, vi que tinha exatamente a ver com o que havia imaginado. E por isso achei uma grande sacada.
"Happy Pills" também pensie em alguma coisa relacionada a carros antigos. E no clipe aparece um carro desses, achei bacana. De modo geral, esse CD tem um ar bem retrô que adoro.
"After the Fall" gosto bastante do rítmo... E "Miriam", adoooooro cantar o início: MIIIIIIRIAM THATS SUCH A PRETTY NAAAME! IUAHIAUHAIUHAIH :D
É difícil escolher a melhor música, mas acho que fico com "Say Goodbye". Não sei por que, simplesmente gosto.
Só um último comentário, acho a capa divertida. E pra quem não sabe ela foi inspirada no cartaz do filme Mudhoney.


Lista de Músicas


1- Good Morning
2- Say Goodbye
3- Little Broken Hearts
4- She's 22
5- Take it Back
6- After the Fall
7- 4 Broken Hearts
8- Travellin' On
9- Out on the Road
10- Happy Pills
11- Miriam
12- All I dream

Link para fazer o download do CD

Bjbj Luh